domingo, 28 de junho de 2009

Moda Íntima 2009 quer incentivar a exportação




Apesar de ser o segundo polo de produção de moda íntima do País, o Ceará ainda exporta muito pouco. No ano passado, o setor gerou negócios de R$ 1 bilhão. O mercado do Sul e Sudeste respondeu por cerca de 80% desta fatia.
A associação que representa o setor no Estado, não tem números precisos, mas afirma que o percentual de peças exportadas não passa de 10%. A fim de reverter esse cenário, neste ano, a terceira edição da Moda Íntima do Ceará, que começou ontem, no Centro de Convenções, está trazendo compradores estrangeiros para a rodada de negócios.

“As exportações ainda é pequena. Mas hoje temos apoio da ABIT (Associação Brasileira da Industria Têxtil e de Confecção), que está trazendo pessoas capacitadas para cá para nos instruir para que possamos amanhã exportar. A nossa produção vai quase toda para região Sul. Depois desta edição, esperamos exportar mais”, afirma o presidente da Associação de Moda Íntima do Ceará (Amic), Gonçalo Diogo.

Ele afirma que, por enquanto, nesta edição, são apenas cinco compradores estrangeiros.

“Mas temos perspectiva de trazer mais na próxima edição, pois a expectativa é muito boa em relação a negócios com eles”, avalia Diogo.

De acordo com o presidente da Amic, a produção de moda íntima no Ceará gira em torno de R$ 1 bilhão por ano. “É um bom número, mas podemos crescer mais”, aposta.

Profissionalização
Para o sócio da grife Linhas e Cores, Robério Freire, as fabricantes de moda íntima no Ceará está começando, pouco a pouco, a se profissionalizar.

“Há seis anos, estas confecções não tinham um estilista. Hoje, a maioria já tem um profissional para desenhar as peças”, conta Freire.
Para ele, isso mostra como o setor tem crescido no cenário nacional. “Dizem que o Ceará só perde para Nova Friburgo (RJ), porque lá é realmente organizado. Mas em quantidade de exportação, creio que a gente já tenha passado”, afirma Freire, que atua há mais de 17 anos na produção de lingeries.

A grife de Freire produz, mensalmente, de 80 a 90 mil peças e, ele admite, que exporta muito pouco. “Não temos esta cultura de exportação. E o mercado interno reponde bem pela demanda de nossa produção”, avalia.

Para a fabricante da grife Robia, Núbia Rocha, o foco também ainda recai sobre o consumidor brasileiro. Mas ela acredita que possa conseguir parceiros estrangeiros nesta edição.

“Acredito que teremos bons negócios nesta feira, inclusive com compradores nacionais e de outros países”, avalia. Para ela, a feira também é um bom momento para troca de conhecimento. “Temos investido cada vez mais em tecnologia para confecção de nossas peças. E isso vem sim da troca de conhecimentos com outros fabricantes”, conta.

(Publicaçao 07 Jun 2009 - 23h01min)

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